quinta-feira, 30 de julho de 2015

A Arte Invisível - Plinio Martins Filho


Título: A Arte Invisível
Autor: Plinio Martins Filho
Editora: Ateliê Editorial
Formato: 7,5 x 10 cm
Nº de páginas: 160
Ano de publicação: 2008 (2ª edição)
Capa dura

***
Quando abri a caixa que chegou essa semana da Ateliê Editorial, fiquei surpresa com o tamanho deste livro (7,5 x 10 cm!). Em geral, quando compro livros pela internet, não me atento ao formato, por isso a surpresa. Ele tem o mesmo ou quase o mesmo formato de um livro de pensamentos positivos (Gotas de sabedoria - ou algo assim) que ganhei da amiga Aline Storto há mais de dez anos. É um livro que abrimos aleatoriamente e lemos alguma mensagem boa.


Bom, este é oficialmente o primeiro livro de design que leio. E gostei de ter começado por ele, pois, além de ter um design surpreendente, tem pensamentos, opiniões e posições de vários designers e/ou estudiosos de design, selecionados pelo autor, que me despertaram interesse por aprender mais sobre a área. Só o tamanho da fonte me incomodou um pouco no começo (é bem pequena em relação ao tamanho das fontes de livros maiores, mas é proporcional ao tamanho do livro), depois a leitura fluiu bem.

O livro também traz capas de profissionais de design cujas citações aparecem no livro. Vários livros foram publicados pela própria Ateliê Editorial, então acabam funcionando como sugestões de leitura.


Abaixo, reproduzo algumas citações que mais me chamaram a atenção e me fizeram concluir que talvez o design tenha em comum com a tradução a "invisibilidade": quanto menos atenção o design e a tradução chamarem para si, melhor é o trabalho (embora isso não seja consenso). E, apesar de haver determinadas "tradições tipográficas", também é preciso buscar soluções gráficas criativas e não apenas seguir modelos.

"Algumas editoras não têm qualquer conhecimento do design de livro. Preocupam-se apenas em colocar o máximo possível de letras numa página. A falta de estilo ou elegância de seus livros é tamanha que só posso presumir que nenhum designer sequer chegou perto dos livros que publicam." ~ Richard Hendel 

"Não é somente o que o autor escreve num livro que vai definir o assunto do livro. Sua forma física, assim como sua tipografia, também o definem." ~ Richard Hendel

"[...] Nosso design é contemporâneo. Não pode deixar de sê-lo. Não se pode copiar e repetir com sucesso nem mesmo a mais bela tipografia de outra época - porque não se viveu naquela época." ~ W. A. Dwiggins

"Os designers precisam pensar menos em fazer o design do livro e mais em fazer o design para a leitura." ~ Paul Stiff

"Não cometa exageros." ~Bert Brown

"Nada de regras!" ~Cameron Poulter

"O processo de design de livros muda com o tempo e com a tecnologia. Os designers variam continuamente seu modo de pensar na solução de problemas e a cada novo projeto aprendem coisas novas. Estão sempre experimentando, testando as convenções tipográficas. Surpreendentemente, as ideias mais valiosas provêm das mínimas revisões de maneira usual de trabalhar." ~Richard Hendel

"[...] Se tenho uma filosofia com relação ao design de livros, é a de que seu design deveria ser feito para os leitores. Minha preocupação principal é sempre apresentar o texto da maneira mais clara possível, para que o leitor possa ter acesso direto ao texto do autor sem ser inibido ou interrompido por minha intervenção. [...]" ~Ron Costley

"Tipografia é a arte de escolher o tamanho correto, o comprimento certo da linha, de escolher as diferentes espessuras das informações do texto." ~Wolfgang Weingart

"A principal responsabilidade do designer é a criação de uma plataforma que transmita, realce e classifique a informação para o leitor, onde o foco deve ser mais o texto que o design." ~Anita Walker Scott

"Os grandes tipógrafos não fizeram seus livros com a finalidade de fazer uma arte do livro, ao contrário: eles fizeram seus livros tão bem que disso surgiu a arte do livro." ~Plinio Martins Filho 

"O livro é uma totalidade criada por muitas pessoas em conjunto e não apenas pelo designer. Só quando todos trabalham em coordenação, quando todos têm como ponto de partida a mesma ideia do que é a qualidade é que o trabalho pode ter êxito." ~Plinio Martins Filho

Vale a pena ter esse livro para ler todas as citações e depois reler sempre que quiser!

quarta-feira, 29 de julho de 2015

Vaga - Coordenação de Produção Editorial - Editora Blucher

Anúncio publicado originalmente no Facebook (aqui) em 28/07/2015.
Vaga - Coordenação de Produção Editorial
Atividades
• coordenação das etapas de produção de livros técnicos;
• gerenciamento de prestadores de serviços;
• contato com autores e tradutores.
Requisitos
Experiência de pelo menos 4 anos em CTP.
Experiência com preparação e revisão de textos.
Ensino superior completo em Editoração/Produção Editorial, Letras ou Jornalismo.
Disponibilidade para início imediato.

Benefícios: Assistência médica, odontológica, VR e VT.
Local: Editora Blucher - Itaim Bibi, São Paulo
Salário a combinar
Interessados devem encaminhar o currículo para rh3@blucher.com.br

terça-feira, 28 de julho de 2015

InDesign para iniciantes - Como produzir livros digitais #curso



Para acessar o link original, clique aqui.


  • DATA

    18 E 19 DE SETEMBRO
  • DURAÇÃO

    16 HORAS
  • CÓDIGO

    CELV0003
  • PREÇO

    R$590
  • PREÇO PROMOCIONAL

    R$490 - ATÉ 31 JULHO
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INDESIGN PARA INICIANTES - COMO PRODUZIR LIVROS DIGITAIS

PROGRAMA

Etapa 1: conceitos, formatos, ecossistema e o mercado de livros eletrônicos no Brasil e no mundo
  • conceitos de livros eletrônicos
  • principais formatos de eBooks
  • distribuição de eBooks
  • leitura e visualização de eBooks
  • princípios básicos de layout de eBooks com conteúdo fluído
  • principais cuidados com o projeto gráfico
  • principais cuidados com preparação de textos e imagens

Etapa 2InDesign: interface, ferramentas e os principais recursos – Criação, manipulação e visualização de páginas
  • criação e inserção de páginas
  • edição de texto
  • criação e manipulação de frames
  • importação de textos com aproveitamento de formatação do Word
  • uso de dicionários
  • hifenização
  • estilo de letras
  • estilos de parágrafo e de caracteres
  • estilos aninhados
  • uso de bullets
  • importação, criação e gerenciamento de nota de rodapé

Cores e imagens
  • criação e edição de cores
  • importação de imagens
  • gerenciamento e informações de vínculos

Arte finalização e geração de livros eletrônicos nos formatos ePub e Mobi
  • boas práticas na diagramação de eBooks
  • inserção de metadados
  • criação de sumários
  • princípios básicos de DRM
  • conversão para ePub
  • validação e homologação de ePubs


PROFESSORES 

Ricardo Minoru Horie  

  • Atua há mais de vinte anos na indústria gráfica e no segmento editorial, mais especificamente na área de pré-impressão e mídias eletrônicas com treinamentos e consultorias técnicas para empresas, além de ministrar regularmente seminários, palestras, oficinas e cursos pelo País
  • Autor de mais de 80 livros técnicos na área de editoração eletrônica e artes gráficas, dentre eles: “Revistas Digitais no formato Folio”, “Arte-Finalização de Livros Eletrônicos”, “Coleção InDesign CS e CC”, “Arte-Finalização – Preparação e Fechamento de Arquivos PDF”, “Acrobat Pro para uso Gráfico”, “PitStop Pro – Análise e Edição Avançada de PDFs”, “Utilizando o Photoshop” e “Utilizando o InDesign”
  • Por mais de uma década colaborou com a edição brasileira da revista Publish, tendo atuado como colunista e editor executivo. Desde 2007 passou a compor a equipe de colunistas, palestrantes e consultores da revista Desktop]  

Liliana Fusco Henzo


  • Designer Gráfica formada pela FAAP com especialização no Istituto Europeo di Design (Roma – Itália)
  • Larga  vivência profissional nos ramos Editorial, Publicitário, Promocional, Identidade Coorporativa, Visual Merchandising, Ambientação de varejo, Ilustração, Vídeo, Animação e Mídias Sociais
  • Sócia-diretora da Markelangelo Design que atua no mercado editorial e de Criação
  • Mais de 20 anos de mercado ministrando diversos treinamentos específicos. Docente/consultora de Produção Gráfica no curso de Graduação de Propaganda e Marketing da Universidade Paulista – UNIP e nos cursos de aperfeiçoamento profissional Bytes & Types, Senac, Senai (Theobaldo de Nigris) entre outros
  • Palestrante em Workshops e Consultora especializada em ambiente. Adobe (Certificada ACE INDesign), Criação e Design, Direção de A
rte e Mestranda em Comunicação na Universidade Paulista – UNIP.

LOCAL, DATA E HORÁRIO 
Local: Casa Educação – Rua Paulistânia, 551 – Vila Madalena – São Paulo – SP
Data: 18 (sexta) e 19 (sábado) de setembro
Hora:  09h às 18h

INVESTIMENTO 
R$ 590,00
Até o dia 31 de julho R$490, podendo parcelar em até  3 vezes sem juros de R$ 163,33.


quinta-feira, 23 de julho de 2015

nVersos contrata assistente editorial

A vaga é para trabalhar em São Paulo
A nVersos está com uma vaga para assistente editorial para atuar em São Paulo. O selecionado prestará assessoria à supervisora editorial, executando revisão de textos, batida de emendas, contatos com autores e prestadores externos e demais atividades pertinentes à função. Os candidatos devem ter curso superior em Letras, Produção Editorial ou Jornalismo e domínio da língua portuguesa. Bons conhecimentos em inglês e experiência anterior em editoras serão um diferencial. A empresa oferece VT + VR + convênio médico após o período de experiência. Enviar CV com pretensão salarial para: leticiahowes@nversos.com.br, colocando "Assistente Editorial" no título da mensagem.

Vaga publicada originalmente na Publishnews.

Ghost writer, ghost writing


Na semana retrasada fui ao cinema ver "Os olhos amarelos dos crocodilos", porque adoro cinema e também porque me interesso por ghost writing.


O filme francês, baseado em um livro homônimo de Katherine Pancol, mistura drama e comédia e traz à tona problemas familiares, enquanto retrata uma típica história fictícia de ghost writing em que a ghost writer se dá mal.

Edição de bolso francesa

Edição brasileira

Iris e Josephine são irmãs. Iris é bonita, rica, sofisticada, mãe de um filho ao qual não presta atenção, mas se sente entediada porque seus dias são preenchidos com futilidades; o marido trabalha bastante para sustentar todo o luxo de que desfrutam, mas ela parece não reconhecer nada disso. Josephine (Jo) é uma pesquisadora superespecializada em Idade Média, tem duas filhas e é casada com um sujeito cafajeste que, após perder o emprego, parece não fazer muita questão de encontrar outro, além de ser infiel e todos saberem. Para complicar a situação, o marido sai de casa (Jo o expulsa), vai viver com a amante em um lugar distante e trabalhar com a criação de crocodilos, e ela passa a ter que assumir todas as despesas da família.

Iris (Emmanuelle Béart)

Jo (Julie Depardieu, filha do ator Gerard Depardieu)

Em um jantar com amigos do marido, ao ser questionada sobre o que andava fazendo, para a surpresa de todos, Iris responde que está escrevendo um romance sobre uma comerciante do século XII. Um dos amigos do marido é editor e se interessa em publicar o livro e posteriormente a pressiona para assinar um contrato com a editora e mostrar uma parte do original.

Iris não consegue escrever nada e pede ajuda à irmã. Jo está em uma situação financeira difícil, traduzindo textos para a empresa do cunhado (marido de Iris) para complementar o salário, mas resiste até onde pode. Até que surge uma dívida não quitada do marido no banco (da qual até então ela nem sabia) e ela acaba aceitando escrever o livro, que será assinado por Iris, mas cujos pagamentos de direitos autorais irão todos para ela.


Enquanto Jo escreve o livro, tramas secundárias são reveladas: o pai das irmãs já é falecido e era ele quem apoiava Jo, enquanto a mãe sempre protegeu e mimou Iris, por ela ser mais bonita e acreditar que ela era muito melhor que Jo; a mãe de Iris e Jo é uma megera e seu segundo marido tem uma amante com quem ele pretende ter um filho e fugir; a filha adolescente de Jo a trata como se ela fosse um lixo, enquanto a filha mais nova a adora; Jo flerta com um rapaz que sempre está na biblioteca fazendo pesquisas também.


O livro de Jo/Iris é publicado e faz muito sucesso, vende milhares de cópias, e Iris passa a desfrutar uma vida de fama e sucesso: todos querem entrevistá-la e fotografá-la. Embora ela não tenha nada de muito interessante a dizer, a imagem dela (uma mulher muito bonita e bem-sucedida) ajuda a divulgar ainda mais o livro.

Jo se sente mal porque, apesar de ter conseguido pagar a dívida contraída pelo marido e não ter mais problemas financeiros, nunca será reconhecida por seu trabalho como escritora.


No fim Iris acaba sendo desmascarada, como provavelmente a maioria dos espectadores esperava/ queria.

Para quem se interessar, o trailer do filme é este:


Nunca precisei trabalhar com (e nem como) ghost writer, uma profissão aparentemente ainda pouco difundida no Brasil, então não sei como as coisas funcionam na realidade, mas encontrei essa entrevista com a ghost writer Tânia Carvalho, que esclarece vários pontos. Me surpreendi com os valores cobrados pelos profissionais: em média, R$ 25 mil (em 2012, quando a entrevista foi concedida). Acho interessante a forma como ela encara o próprio trabalho: 

Exame.com: Você não fica triste de seu nome não aparecer?
Tânia: Não me incomoda em nada. Não é o meu trabalho, eu só faço organizar as ideias de outros, especialmente porque o meu forte são as biografias. É a vida deles, as palavras deles, as posições dele.
Não tenho nada a ver com isso.
Também encontrei um site (www.ghostwriter.com.br) em que o ghost writer, que não se identifica, oferece seus serviços, explica como funciona o trabalho, disponibiliza seu currículo e até responde à pergunta: "Não é vergonhoso usar os serviços de um Ghost Writer?".

Tanto a Tânia quanto este ghost writer do site enfatizam que celebridades, artistas, empresários muitas vezes não têm tempo e/ou habilidade para escrever suas biografias ou mesmo livros de suas especialidades, então é normal contratar alguém para fazer isso por eles. Até aí, ok. Mas será que isso é justo com os leitores que compram os livros sem saber desse pequeno detalhe? Não seria mais honesto com os leitores se a pessoa informasse que as ideias e memórias são dela, mas quem escreveu foi outra pessoa? Recentemente li a (auto)biografia do Sebastião Salgado, Da minha terra à Terra, e consta na capa: "Sebastião Salgado / com Isabelle Francq", ou seja, fica claro que as memórias são dele, a voz é dele, mas quem organizou e escreveu mesmo foi a Isabelle, e isso de forma alguma diminui o valor e a beleza da história e dos trabalhos do fotógrafo. Se não me engano, a autobiografia da Bruna Surfistinha/ Raquel Pacheco, O doce veneno do escorpião, também foi escrita por um jornalista e consta o nome dele na 1ª edição, a de capa preta - lembro que na época em que li, achei honesto da parte da Bruna/ Raquel assumir que talvez não tivesse tempo/ habilidade para escrever/ organizar as próprias memórias e delegar isso a alguém mais competente. O resultado dos dois livros é ótimo e convence.

Em geral, ghost writers da vida real escrevem (auto)biografias e livros sobre áreas específicas para outras pessoas e, relativamente, isso não exige "criatividade" em comparação com livros de ficção e poesia, por exemplo. Mas será que existem pessoas com total ausência de vaidade (ou seja lá o que for) dispostas a escrever livros de ficção ou poesia e deixar que outras pessoas assinem? E como esses ghost writers se sentiriam se o livro fizesse um grande sucesso, fosse por crítica e público?

Anteontem saiu essa matéria [em inglês] com a ghost writer americana Hilary Liftin, em que ela fala um pouco sobre a profissão e também sobre um livro de ficção assinado por ela, provavelmente baseado em fatos e, aparentemente, na vida do ex-casal 20 Tom Cruise e Katie Holmes. Como ela assumidamente escreve (auto)biografias para famosos, deve ter um material farto para "ficcionalizar". Seu livro, Movie Star by Lizzie Pepper, deve ser um misto de comédia e drama e provavelmente haverá bastante interesse nele por conta da especulação: o que é ficção e o que foi baseado em fatos que a autora ouviu enquanto ghost writer de famosos hollywoodianos?


Para quem se interessar, o livro já está à venda na Amazon.com.

Outros filmes que também têm ghost writers como protagonistas que vi são:

O escritor fantasma (do Roman Polanski; o outro filme homônimo é péssimo!): depois que um ghost writer contratado por uma editora para escrever a (auto)biografia do ex-primeiro-ministro britânico [fictício] morre misteriosamente, um outro ghost writer fica responsável pelo trabalho. O ex-primeiro-ministro havia sido criticado por supostamente ter autorizado a prisão e tortura supostos terroristas e sua autobiografia seria uma tentativa de limpar seu nome. No entanto, o ghost writer começa a descobrir fatos sobre o passado do ex-primeiro-ministro e conclui que está correndo um grande perigo.


Entre nós (filme nacional dirigido por Paulo e Pedro Morelli): um grupo de jovens amigos de classe média alta vai passar uns dias em um sítio na Serra da Mantiqueira e, em um dado momento, eles resolvem escrever uma mensagem em um pedaço de papel, colocar em uma caixa e enterrar para que fosse aberta dez anos depois. No entanto, um dos jovens morre num acidente de carro enquanto ele e um amigo do grupo iam buscar cerveja. Esses dois amigos sonhavam em ser escritores. O amigo que sobrevive consegue salvar o original manuscrito em um caderno escrito pelo amigo e o publica como se fosse uma obra dele; o livro é um sucesso, diferente do segundo que ele publica, mas (ou talvez por isso mesmo) ele parece sentir o peso de sua escolha. Dez anos depois, o mesmo grupo de amigos se reúne no mesmo local e abre a caixa com as mensagens e a verdade vem à tona.


As palavras (dirigido por Brian Klugman e Lee Sternthal): Rory Jansen trabalha em uma editora e sonha em publicar um livro de sua autoria. Em uma viagem com a esposa, Dora, ela lhe presenteia com uma velha maleta que encontram em uma loja de antiguidades. Tempos depois, mexendo na maleta, descobre em seu interior um original datilografado em páginas amareladas. Ele digita toda a história e a apresenta como se fosse sua. O livro é publicado e faz muito sucesso. Até o verdadeiro autor aparecer.


Apesar de os três filmes serem meio "clichês" até certo ponto, eu gostei das histórias.

Um livro que estou para ler que toca nesse tema também é Budapeste, do Chico Buarque. Aliás, esse livro também foi adaptado para o cinema, mas ainda não vi. Em Budapeste, ao voltar de um congresso em Istambul, o bem-sucedido ghost writer José Costa é obrigado a fazer uma parada em Budapeste antes de retornar ao Rio para reencontrar sua esposa e seu filho. Seu trabalho de maior sucesso é O ginógrafo, em que o turista alemão Kaspar Krabbe narra suas aventuras amorosas no Brasil. A esposa de José Costa acaba se apaixonando por Kaspar sem saber que quem escreveu o livro, na verdade, foi o próprio marido.


COMO EU CONTRATARIA UM GHOST WRITER:

1. Conversaria com amigos e colegas da área editorial e perguntaria se eles têm alguém de confiança para indicar, de preferência que já tenha escrito outro livro com a mesma temática e/ou estilo do livro que estou precisando lançar;

2. Se não tivessem ninguém para indicar, buscaria na internet alguns profissionais, solicitaria o envio de currículo, marcaria uma reunião na editora para esclarecer dúvidas e, se eu sentisse confiança no profissional,

3. Solicitaria um pequeno teste - que o ghost writer escrevesse X laudas sobre o tema do livro a ser escrito, a ser pago pela editora independentemente de ele ser selecionado para o trabalho ou não, pois assim eu conseguiria ver a qualidade do texto, o estilo da escrita e se a pessoa é adequada para escrever aquele livro específico;

4. Ajustados os valores a ser pagos, eu redigiria um contrato abrangendo tudo que considerasse importante (incluindo valor a ser pago, prazos, eventual multa por atraso na entrega, nota de confidencialidade, responsabilidade total por eventuais plágios de outros livros ou textos da internet etc.) e enviaria para o profissional assinar.

***

Outros textos interessantes sobre o assunto:
A contratação e o trabalho de um ghost writer, do Pedro Almeida 

Sua história contada num livro por um "Ghost Writer" ou "Escritor Fantasma", por Naldo Gomes [o layout é ruim, mas o texto tem algumas curiosidades interessantes]

quarta-feira, 22 de julho de 2015

terça-feira, 14 de julho de 2015

Edição de livros - Como funciona


Para ver o link original, clique aqui.

  • DATA

    22 E 23 DE AGOSTO
  • DURAÇÃO

    12 HORAS
  • CÓDIGO

    CELV0001
  • PREÇO

    R$ 416,50 ATÉ 15/07





O passo a passo por todos os departamentos de uma editora

 SOBRE O CURSO
O passo a passo por todos os departamentos de uma editora seja ela uma multinacional ou uma independente para que se publique um livro.
De forma sintética, o curso levanta as principais funções de cada etapa da produção de um livro, de que forma podem ser melhor exercidas e como os departamentos interagem. A longa experiência da docente leva em conta o mercado de livros brasileiro altamente difuso porém competitivo, sem muitas normas, com grande número de variantes, tipos de profissionais, níveis de envolvimento e públicos.
 OBJETIVO
O objetivo do curso é aparelhar quem trabalha ou deseja trabalhar em editoras a tomar atitudes eficazes de produção e decisão, e a direcionar da melhor forma sua carreira.
 A QUEM SE DESTINA
• Profissionais de editoras de livros, jornais, revistas e sites
• Produtores editoriais
• Produtores culturais
• Designers
• Pedagogos
• Professores
• Bibliotecários
• Jornalistas

 PROGRAMA
·         As decisões estratégicas: editorial
·         As intervenções no texto e acompanhamento das etapas: produção editorial
·         Criação do livro físico ou digital: produção gráfica
·         Estratégias de divulgação: marketing
·         Colocação no mercado: comercial

 PROFESSOR
Laura Bacellar trabalha em editoras desde 1983. Começou na Editora Paz e Terra como estagiária e já ocupou todas as funções editoriais, de produtora na Hemus à editora chefe na Brasiliense.
Fundou e dirigiu o primeiro selo editorial inteiramente dedicado às minorias sexuais, Edições GLS do grupo Summus, e a única editora latino-americana dedicada às mulheres homossexuais, Editora Malagueta. Já foi editora em casas pequenas, como a Mercuryo, e enormes, como a Scipione. Sua especialidade é não-ficção, mas edita também paradidáticos, literatura adulta, literatura infantil e interesse geral.
Escreveu cinco livros como ghostwriter e um com seu próprio nome, Escreva seu livro  guia prático de edição e publicação, pela Editora Mercuryo. Adaptou uma dezena de clássicos do inglês, como Robinson Crusoé, Drácula, Sherlock Holmes, FrankensteinRei Artur, Caninos brancos e escreveu o Mini Larousse da educação no trânsito para a Larousse do Brasil em 2005.
É co-autora, com o índio cariri Tkainã, do livro juvenil Mãe d’água pela Scipione em 2008. No mesmo ano publicou O mercado gls com Franco Reinaudo pela editora Ideia e Ação. Em 2010 lançou A mãe possível  Os caminhos do xamanismo para dissolver a culpa da mãe que não é perfeita com Carminha Levy pela editora Ground, e Frente e verso com Lúcia Facco pela editora Malagueta em 2011.
Dá cursos regularmente para autores e editores em instituições como a  Universidade do Livro, ligada à Unesp. Mantém o site www.escrevaseulivro.com.br, que é bastante utilizado por editores para instruir autores que os procuram. Atualmente trabalha como free-lancer para várias grandes editoras, dá consultoria e faz leituras críticas para editores e autores.

 LOCAL, DATA E HORÁRIO
Local: Casa Educação – Rua Paulistânia, 551 – Vila Madalena – a menos de duas quadras do metrô
Data: 22 (sábado)  e 23 de agosto (domingo)
Horários:
Sábado : de 9 h às 18h
Domingo: de 10h às 14h

 INVESTIMENTO
R$ 490,00
Desconto de 15% para quem confirmar a inscrição até o dia 15 de julho, podendo parcelar em até 3 parcelas de R$ 138,83 sem juros (total R$416,50).