terça-feira, 29 de julho de 2014

1ª Pesquisa CBL - Mercado do Livro Digital no Brasil (jun/2013)

Acabei de dar uma olhada em uma pesquisa da CBL sobre o mercado do livro digital no Brasil, aparentemente feita com participantes do 4º Congresso Internacional CBL do Livro Digital, em junho de 2013) e achei interessante.

É uma pesquisa bastante direta, sem análises, apenas com percentuais e algumas respostas abertas, mas que indica como pensa uma boa parcela dos editores nacionais e que medidas estão tomando (ou não) em relação aos livros digitais.


Uma das últimas questões se refere à expectativa em relação ao tempo em que a venda de livros digitais superará a de livros impressos:


Eu entraria na porcentagem de pessoas que acreditam que a venda de livros digitais superará a de livros impressos em mais de dez anos, pois muitos leitores ainda preferem o livro impresso devido ao hábito - aprenderam e cresceram lendo livros impressos. 

As próximas gerações de leitores talvez já estarão completamente habituadas com esse formato para leitura desde a infância (e até terão preferência por ela, pela facilidade e praticidade e também pelo número de títulos digitais à disposição, que, provavelmente, será bem maior).  Como os preços dos tablets e e-readers também deverão estar muito mais acessíveis, assim como o preço dos próprios livros digitais, isso condicionará as vendas e o maior consumo.

Claro que escrevo isso no puro e descarado "achismo". Seria necessário uma análise muito mais apurada para afirmar qualquer coisa sobre esse mercado. Pretendo escrever sobre livros digitais mais para frente; ainda preciso ler e me informar melhor sobre o assunto.


7 comentários:

  1. Olá, Aline, tudo bem?
    Perdão pelo incomodo, mas gostaria de saber se existe a possibilidade de falar com você por e-mail. Li um post antigo seu em outro blog e gostaria de tirar algumas dúvidas, significaria muito pra mim.
    Desde já, muito obrigada.

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    1. Oi, Raissa. Me envie um e-mail para naomi[ponto]sassaki[arroba]gmail[ponto]com que, se eu puder, te ajudo com as dúvidas. Dependendo do assunto talvez eu não consiga responder, mas, de qualquer forma, darei retorno.

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  2. Aline,

    Super concordo com vc que a geracao mais jovem vai se adaptar ao livro digital. Creio ate que eles serao o publico alvo daqui pra frente.
    Porque a minha geracao (30 anos), ainda nao se acostumou, acho.
    Andei namorando um leitor da Livraria Cultura, mas acabei nao colocando em pratica a ideia de comprar. Nao sei dizer porque desisti, pode ser que mais pra frente eu compre algum. Estou treinando com o Play Livros da Android (celular), pois baixo de graca os primeiros capitulos de alguns livros, e percebi que leio mais rapido que o livro fisico. Entao quem sabe....
    A praticidade de livro digital eh mto boa, mas ainda gosto dos livros fisicos. Eh uma coisa materialista mesmo.
    Eu ainda vejo a imagem de uma estante cheia de livros uma das coisas mais lindas do mundo. Nao consigo imaginar a vida sem livros fisicos, ainda.....
    Acho que seria dessas que compraria o leitor mas continuaria frequentando as livrarias fisicas. O que eu ando vendo muita gente fazer. Eh soh olhar os canais literarios. O pessoal fica entre os dois.
    Os contras seriam a dificuldade de emprestar o livro para alguem que nao tem o leitor.... Complicado...
    E tbm acho que ia querer ter um livro que gostei em maos, pra guardar.... porque bem ou mal, QUALQUER coisa eletronica falha uma hora na nossa vida, rsrsrs... Eh batata....quebra....nao tem jeito....
    Eles vao ter que criar uma "nuvem" pra que possamos guardar os livros pra sempre.....se caso o leitor quebrar....
    E ja pensou se isso acontece com os livros didaticos tbm? O seu filho vai estar na aula consultando e de repente pifa.....
    Acho que ainda deve ser muito bem pensada essa questao. Pra que nao viremos escravos da digitalizacao e correr risco de um dia o mundo inteiro pifar (o que nao eh dificil nem nos dias de hoje).
    Claro que tem toda a questao ambiental, eu nao cheguei a pesquisar, mas a madeira de livros eh de uma plantacao feita pelo homem? Ou eles vao la no meio da floresta e derrubam as arvores? Porque temos muitas outras coisas que agridem a natureza e se conseguissem que os livros fossem feitos de plantacoes "artificiais" ou de papel reciclado estaria otimo.
    Enfim, essa eh minha opiniao....
    Bia

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  3. Oi Aline, descobri o seu blog e simplesmente adorei o conteúdo. De antemão, lhe deixo os meus parabéns!!!

    Bem, "namoro" a área de editoração faz alguns anos, mas ainda não tive coragem de assumi-la como profissão.
    Tenho 30 anos e no final do ano termino o doutorado na área de história, com enfase em linguagens artísticas, estética e hermenêutica. Foram 14 longos anos até chegar nessa etapa final. Nessa metade da minha existência, tive a oportunidade de me aproximar um pouco com o trabalho editorial, o que sempre fez os meus olhos brilharem - talvez até mais do que a minha pretensão de seguir carreira como professora no ensino superior.
    Ainda na graduação, comecei como diagramadora de revistas eletrônicas, bem como revisora e diagramadora de trabalhos acadêmicos (monografias, dissertações e teses). Sou uma das poucas pessoas que conheço que é simplesmente apaixonada por ABNT e que, quando precisa descansar a cabeça, fica normatizando centenas de notas de rodapé rsrs
    Como "uma coisa leva a outra", tive contato com algumas editoras de São Paulo. Acompanhei e participei de algumas publicações de pessoas próximas a mim e isso sempre me fascinou.
    Nos últimos 3 anos, entrei numa parceria com uma editora especializada em ebooks, com o foco em publicações acadêmicas. Posso falar que aprendi muito na prática (e intuitivamente) alguns dos meandros dessa profissão, pois sou eu que lido com os autores e, principalmente, com toda a parte técnica da confecção do arquivo epub. Por ter na essência a curiosidade, aprendi sozinha a mexer em todos os programas de edição e pós-produção dos ebooks. Acredito que por ser algo que eu goste muito de fazer, foi fácil para mim ser autodidata nessa área.
    Mas a grande questão que tem me inquietado é a seguinte: até o presente momento, a editoração tem sido um coadjuvante na minha vida. Agora, prestes a terminar o doutorado, começo a me questionar se poderia ou não transformá-la em atriz principal.
    E ai vem a minha dúvida: não sei se animaria fazer uma nova graduação em Editoração, Letras ou Jornalismo (talvez animaria fazer a primeira, não sei). Pensei em fazer alguns cursos de curta duração na área ou algo do gênero, mas me questiono se conseguiria trabalho na área, visto que existem diversos profissionais com graduações em Editoração em busca da mesma vaga que eu.
    Sendo assim, se realmente eu resolver abraçar essa profissão, é indispensável fazer uma outra graduação ou tenho alguma possibilidade de inserção na área apenas com cursos complementares?

    Desde já agradeço pela sua atenção e mais uma vez te dou os parabéns pelos posts do seu blog.

    Talitta

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    1. Olá, Talitta!

      Obrigada pela visita e pelo comentário.

      Sobre sua questão, embora ache muito difícil dar conselhos (e muitas pessoas andam pedindo! :), sugiro que você comece fazendo alguns cursos de curta duração na área de design. Se e quando sentir que realmente quer trabalhar com isso, recomendo uma pós-graduação em design gráfico - andei pesquisando cursos nessa área e penso em fazer essa pós-graduação no Senac de São Paulo: http://www.sp.senac.br/jsp/default.jsp?newsID=DYNAMIC,oracle.br.dataservers.CourseDataServer,selectCourse2&course=112&template=397.dwt&testeira=303&unit=SCI

      Como venho da área de Letras/Tradução (que é o que realmente gosto), não entendo muito de design, mas sinto que preciso aprimorar isso, ainda que seja apenas para orientar designers com quem eu venha a trabalhar e não exatamente para colocar a mão na massa.

      Por outro lado, como você já tem ideia do trabalho e gosta disso, talvez possa fazer alguma pós em design direto. Para você que já vai terminar um doutorado, não sei se compensaria fazer outra graduação. Além de ter disposição, tem que ter paciência e planejamento financeiro para mais, no mínimo, quatro anos de estudos.

      Apesar de o portifólio dos designers falaram por si mesmos quando são enviados a editoras, recomendo muito que você faça alguns cursos na área, pois, pelo que entendo, há "técnicas" a ser dominadas, por exemplo, dominar o uso de cores, de fontes, aplicação de imagens na capa do livro, aplicação de um estilo ou outro no miolo (que tenha mais a ver com o assunto de que fala o livro) etc. Hoje em dia, pela prática, consigo pegar um livro e identificar "falhas" ou pontos que poderiam ser melhorados... tem umas coisas que acho horrorosas, provavelmente feitas por amadores, como a mistura de várias fontes no mesmo livro sem que haja necessidade nem explicação lógica para isso.

      Te desejo boa sorte!! E que consiga tomar as melhores decisões para, se for o caso, se tornar uma ótima designer!

      Abraços.


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    2. Oi Aline, muito obrigada pela resposta. Fiquei muito feliz e animada com as suas opiniões.

      Gostei da ideia da pós nessa área. Vou correr atrás de algumas pós graduações, porque de fato não sei se animaria fazer outra graduação tão cedo.

      Gosto muito da área de design gráfico. Meu irmão é arte-finalista (já a 20 anos), então aprendi muita coisa com ele. Apesar de não fazer o trabalho de arte, sou eu quem elaboro as ideias e finalizo o material a ser utilizado. Afinal, sou eu que sei sobre o que se trata o livro e acho importante que a capa tenha essa sintonia rsrs

      Bem, mais uma vez muito obrigada!

      Abraços

      Talitta

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    3. Talitta,

      pelo que me contou, parece que você tem meio caminho andado para fazer do que gosta sua principal profissão. E, por gostar e se interessar, tenho certeza de que vai se tornar uma designer excelente. E como gosta de ABNT (gosto é gosto haha), vai poder continuar trabalhando com livros acadêmicos tranquilamente...

      Sim, sim, a capa dos livros devem estar em sintonia com o conteúdo (sempre que possível). Lembro que um amigo designer fazia várias pesquisas em relação aos livros (assunto, época, as fontes e cores que mais tinham a ver). As pessoas pensam que é fácil, mas a elaboração de uma boa capa exige conhecimento...

      Abraços! ;)

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